segunda-feira, 18 de junho de 2018

ROTINA

Foi por algum motivo não sei qual,
Que naquele dia tudo me pareceu sempre igual.
Não havia meios de fazer ficar diferente,
Por mais que eu tentasse ser eloquente.
Não sabia ao certo se fazia ou se deixava de fazer,
Mesmo que eu estivesse completamente sem entender.
Mas foi no momento maior da dúvida decorrente,
Que eu desatei e me desprendi das correntes.
Não fosse por julgar a minha incredulidade,
Eu diria que naquele momento encontrei a verdade.
Mas tenho consciência que a busca não termina,
E que a vida, mesmo à quem a abomina,
É sempre uma nova rotina.

Claudia Conte
Leopoldina, 14/04/1997
10:30